quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

enganar o povo


“PR teve a perceção de que esta situação, com a insistência de PSD e CDS, degradava a imagem do país”

Com a frase de Carlos César ficamos com a certeza absoluta de que tudo é permitido (aos políticos) menos eles esclarecerem a verdade. Ficamos reféns do que os outros (instâncias internacionais?) vão pensar de nós. Saber a verdade, gerar competência, chamar à responsabilidade os prevaricadores, dar o exemplo a todo um Povo, não! A impunidade nestas mentes solicialistas ganha. Defender uma imagem institucional credível é só quando lhes dá jeito.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Marcelo Rebelo de Sousa e a sua Presidência


A vinda deste Presidente da República, com a sua forma de actuar, veio preencher um enorme vazio deixando pelo seu antecessor, Cavaco Silva, principalmente no contacto com o Povo. Tanto é que o actual PR elegeu para como ponto fulcral da sua actuação exercer uma magistratura de afectos.

Por outro lado também não podemos esquecer que o anterior PR, tendo em conta os sucessivos erros cometidos no período “troika”, muitas vezes pressionado por um Partido Socialista, (lembro já havia anteriormente uma agressividade desmesurada no “reinado” de Sócrates), a provocar a repulsa de aproximação ao PR durante a vigência da chefia de Seguro (na maior parte das vezes temeroso dos “socráticos”), foi-se afastando daquilo que deveria ser a tal magistratura de influência e a criar anticorpos por toda uma sociedade. Claro que o afastamento deveu-se em grande parte ao “caso das escutas” e posteriormente com o caso da sua pensão.


Mas voltando ao PR Marcelo, o tempo é outro, os Homens são distintos, com diferentes interlocutores, logo, já há aqui diferentes pontos de partida e abordagens. Porém, este PR está a esquecer um ou outro ponto do panorama político português. Embora coligados (PàF), o CDS e o PSD tiveram mais votos do que o partido que hoje governa a Nação. O esquecimento que o PR anda a ter relativamente a este fato é relevante. Não pode, ligeira e dicotómica na forma, querer influenciar a actuação destes 2 (dois) partidos, trazendo-os para a responsabilização política da legislação e ao mesmo tempo dar um aval incomensurável ao governo. Esta actuação é por demais gritante no caso, agora, da TSU. A promulgação célere do diploma que prevê a redução da TSU dá um sinal disto mesmo. O caminho também se faz discordando, sem crispação. Mas com bom senso. 

Seria bom que o PR Marcelo Rebelo de Sousa, pudesse, de forma clara, ir ao encontro de uma Magistratura Isenta. Pois, bem sabemos que é uma personalidade, um tanto ou quanto, useiro e vezeiro, de tropelias, de deslealdades e intrigas que já sucederam na política Portuguesa.   

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

a adivinhação de um embuste

Foto: Direitos Reservados

Mais uma polémica instalada a respeito da possível construção de um Hotel de 4 estrelas na zona da Areia Larga, Madalena – Pico. 

O que aqui escreverei nada tem a ver com a necessidade, seja ela premente, ou não, da construção de uma unidade hoteleira na ilha do Pico. 


Ao que dizem, terá 83 quartos. E que, há ano e meio estão a trabalhar neste projeto. Mas só podem estar a brincar quando dizem que custará, apenas, 6 milhões de euros. O advérbio “apenas” é meu. Possivelmente, o restante valor para a dita construção será de todo o Povo Açoriano. Sim, porque os subsídios que dos fundos comunitários poderão chegar, não quero crer que assim seja, serão para colmatar o valor inicialmente investido. 

Pensar que 6ME darão para construir um hotel, de 4 estrelas, na ilha do Pico, onde praticamente toda, ou quase toda a matéria-prima, inclusive mão-de-obra, é para importar; certamente rodeado de dilemas, de legislação, de decretos-lei, de normativas europeias e regionais; visto, julgo saber, ser localizado numa zona de paisagem da cultura da vinha, classificada como Património Mundial da Unesco — é um grande embuste. 

E fico-me por aqui. Pois, não quero entrar em discências que só aos Picarotos competem. Pois, por cá, pela ilha de S. Miguel, já vivemos estes erros, tanto no sentido de oportunidade/retorno financeiro, espacial e, acima de tudo, manias de que ao estragado encontrar-se-á sempre solução.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

o ps e a tsu


Acho lamentável que venha, agora, Carlos César e o PS dizer que o não alinhamento da direita, mais concretamente o PSD, na aprovação da TSU, medida dos mesmos, seja uma “jogatana política”.

Se até aqui o PS teve ao seu lado o BE e o PCP, para as “jogatanas”, para as reversões, enfim, para aquilo que acharam conveniente, não pode haver um discurso brando, no desmontar desta hipocrisia de passar as culpas à oposição. Mais caricato da situação é ver e ouvir o BE e o PCP a “atirarem areia para os olhos” dos portugueses, como se não tivessem nada a ver com o estado actual da governação do país e passarem a responsabilidade aos outros.

O PS, aquando do período da “troika”, nunca participou num discurso positivo e de influência aos cidadãos de que as medidas tomadas e necessárias eram para ultrapassar o grave estado da economia portuguesa, que eles mesmo criaram e colocaram. Mais, cumprir o memorando que eles próprios negociaram. A isto sim, é que se pode chamar de “jogatana política”. Mas acima de tudo é não ter vergonha, nem moral, na forma como derrubaram o governo anterior e chegaram ao poder. Lembro que até acordos à porta fechada assinaram. Lembro de António Costa ter dito que não precisava da mão do PSD para nada. Lembro de António Costa dizer “se pensarmos como a Direita acabamos a governar como a Direita”. Mas então, onde está a coerência? Não caiu o “Carmo e a Trindade” quando o governo anterior propôs a descida da TSU? A incoerência das palavras, das atitudes, está presente só nos outros? É de facto, uma forma recorrente, esta do PS, de passar as culpas para os outros. Lastimável!

É preferível, digo eu, perder popularidade (até porque o populismo está na “mó de baixo”), perder, se assim for, as próximas eleições, do que ficar com o ónus desta periclitante, recorrente, governação socialista.