A vinda deste Presidente da República, com a sua forma de
actuar, veio preencher um enorme vazio deixando pelo seu antecessor, Cavaco
Silva, principalmente no contacto com o Povo. Tanto é que o actual PR elegeu para
como ponto fulcral da sua actuação exercer uma magistratura de afectos.
Por outro lado também não podemos esquecer que o anterior
PR, tendo em conta os sucessivos erros cometidos no período “troika”, muitas
vezes pressionado por um Partido Socialista, (lembro já havia anteriormente uma
agressividade desmesurada no “reinado” de Sócrates), a provocar a repulsa de
aproximação ao PR durante a vigência da chefia de Seguro (na maior parte das
vezes temeroso dos “socráticos”), foi-se afastando daquilo que deveria ser a
tal magistratura de influência e a criar anticorpos por toda uma sociedade. Claro
que o afastamento deveu-se em grande parte ao “caso das escutas” e posteriormente
com o caso da sua pensão.
Mas voltando ao PR Marcelo, o tempo é outro, os Homens são distintos,
com diferentes interlocutores, logo, já há aqui diferentes pontos de partida e
abordagens. Porém, este PR está a esquecer um ou outro ponto do panorama político
português. Embora coligados (PàF), o CDS e o PSD tiveram mais votos do que o
partido que hoje governa a Nação. O esquecimento que o PR anda a ter
relativamente a este fato é relevante. Não pode, ligeira e dicotómica na forma,
querer influenciar a actuação destes 2 (dois) partidos, trazendo-os para a
responsabilização política da legislação e ao mesmo tempo dar um aval incomensurável
ao governo. Esta actuação é por demais gritante no caso, agora, da TSU. A
promulgação célere do diploma que prevê a redução da TSU dá um sinal disto
mesmo. O caminho também se faz discordando, sem crispação. Mas com bom senso.
Seria bom que o PR Marcelo Rebelo de Sousa, pudesse, de forma clara, ir ao encontro de uma Magistratura Isenta. Pois, bem sabemos que é uma personalidade, um tanto ou quanto, useiro e vezeiro, de tropelias, de deslealdades e intrigas que já sucederam na política Portuguesa.